Maioria da 1ª Turma do STF rejeita recurso de Bolsonaro e mantêm condenação
Colegiado começou a julgar recursos das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus condenados, em setembro, por atentarem contra democracia
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, decidiu rejeitar o embargo de declaração apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além dele, o colegiado analisa os recursos de outros seis réus condenados, em setembro, por atentarem contra a democracia. Três ministros votaram, nesta sexta-feira (7), para rejeitar os argumentos dos advogados e manter as condenações: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Relator do processo, Moraes negou ter havido omissões na dosimetria da pena de Bolsonaro por considerar que a conduta criminosa foi amplamente comprovada. O ex-presidente recebeu condenação de 27 anos de cadeia.
“O voto detalha expressamente a existência das circunstâncias judiciais amplamente desfavoráveis ao réu Jair Messias Bolsonaro, tendo fundamentado cada circunstância judicial aplicada na pena-base do recorrente com o estabelecimento das premissas”, afirmou.
Moraes também rebateu “qualquer contradição” no acórdão que condenou o ex-presidente à prisão: “Restou amplamente comprovado que os atos antidemocráticos praticados em 8/1/2023 consistiram em mais uma etapa delitiva da organização criminosa armada visando à restrição do exercício dos poderes constitucionais e a tentativa violenta de deposição de governo legitimamente constituído”.
O relator ainda seguiu o mesmo caminho em relação aos recursos dos outros seis réus pertencentes ao chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado, conforme as investigações da Polícia Federal (PF). São eles: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Com a rejeição dos recursos, a expectativa é de que Jair Bolsonaro seja enviado para o cumprimento de pena nos próximos dias. O local de detenção pode ser uma sala de Estado Maior no Complexo Penitenciário da Papuda ou em outra localidade adequada para este tipo de prisão.
Da Redação, com informações do G1
