Faz o L: governo brasileiro fortalece cooperação tecnológica com a Malásia
Estreitamento de laços significou a concretização de parcerias em inteligência artificial, microeletrônica e transição energética. Malásia é o sexto maior exportador de semicondutores do mundo
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O fortalecimento da cooperação tecnológica com a Malásia para a ampliação da soberania digital e da capacidade científica do Brasil foram alguns dos êxitos obtidos pelo governo brasileiro com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na comitiva da recente viagem do presidente Lula ao sudeste asiático.
O estreitamento de laços significou a concretização de parcerias em inteligência artificial, microeletrônica e transição energética. Enquanto reforçam a inovação Sul-Sul, elas levam o Brasil a consolidar sua presença em cadeias globais de tecnologia e abrem caminho para novos projetos conjuntos, em áreas como design de chips, semicondutores e rastreabilidade de alimentos com tecnologia nacional, e inserem pesquisadores brasileiros no ecossistema global de inovação.
“A Malásia é o sexto maior exportador de semicondutores do mundo e temos a possibilidade de construir algo robusto entre empresas brasileiras e malaias. Essa parceria é estratégica para o Brasil desenvolver autonomia tecnológica e inserir nossos pesquisadores em um ecossistema global de inovação”, ressaltou Luciana, que assinou acordos bilaterais para parcerias estratégicas em inovação, especialmente na área de semicondutores.
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Classificada pela ministra como “histórica visita de Estado”, a viagem de quatro dias por Indonésia e Malásia significou a reafirmação do protagonismo do Brasil para construir parcerias globais em benefício da população com justiça social, ciência, tecnologia e soberania.
“Estamos celebrando importantes atos de cooperação científica, tecnológica e no campo da inovação. Esses acordos significam muito para o Brasil: queremos ampliar nossa capacidade tecnológica, fortalecer a agricultura tropical brasileira, fomentar a inovação, diversificar nossos parceiros globais e valorizar o multilateralismo”, ressaltou.
Eixo da parceria
Entusiasmada com os avanços, ela observou que a cooperação em semicondutores, com o forte apoio dos respectivos presidentes, se transformou no eixo central e dinâmico da parceria Brasil-Malásia.
O fortalecimento da cooperação tecnológica, segundo a ministra, é parte de uma política de Estado, enfatizada pelo presidente Lula, com foco na soberania digital. “A Malásia é o sexto maior exportador de semicondutores do mundo e temos a possibilidade de construir algo robusto entre empresas brasileiras e malaias. Essa parceria é estratégica para o Brasil desenvolver autonomia tecnológica e inserir nossos pesquisadores em um ecossistema global de inovação”, completou.
Na Malásia, a ministra participou da sessão de abertura da cúpula da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), da 20ª Cúpula do Leste Asiático e de encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Vietnã, Pham Minh Chinh, e de Singapura, Lawrence Wong.
Brasileiros na Malásia
Há dois meses, oito engenheiros brasileiros estão na Malásia fazendo especialização na área de semicondutores, o que permitirá ao Brasil abrir novas frentes tecnológicas. “Eles participam de um programa do nosso ministério voltado ao desenvolvimento de semicondutores e tecnologias avançadas, o CI Inovador”, detalhou a ministra. A parceria envolve o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Parque Tecnológico Eldorado e a Ceitec.
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“Estamos formando engenheiros capacitados para atuar em semicondutores e microeletrônica, áreas essenciais para garantir autonomia tecnológica ao Brasil e inserir nosso país em cadeias globais de inovação. Essas parcerias internacionais com a Malásia e a Indonésia fortalecem nossa soberania científica e tecnológica”, explicou.
Base científica para pesquisa em Terras Raras
O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) atua para consolidar o Brasil como protagonista global em tecnologia e inovação de alto valor agregado com a estruturação de uma base científica sólida para explorar as reservas estratégicas do país.
O ministério tem investido em pesquisa e inovação em Terras Raras, cujos estudos do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) mostram avanços no desenvolvimento de materiais funcionais, fotônicos e optoeletrônicos, além de soluções de economia circular e reaproveitamento de resíduos industriais.
Com apoio do MCTI, a iniciativa privada brasileira, com o Instituto Eldorado e o Instituto Von Braun, exportou recentemente para a Malásia a plataforma chipInventor, ferramenta de design de chips movida a inteligência artificial e sem necessidade de código.
Da Redação, com Gov.br

