O mundo quer comprar do Brasil
Com 460 mercados abertos desde 2023, país diversifica parceiros e exportações e se reposiciona no tabuleiro do comércio global
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O Brasil chegou a 460 mercados abertos aos produtos nacionais desde o início do governo Lula, um número que não para de crescer e reflete o sucesso da diplomacia econômica e de uma estratégia que alia diversificação, sustentabilidade e inovação.
O anúncio mais recente, feito na última terça-feira (21) pelos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, acrescenta cinco novos destinos estratégicos à rota de exportações nacionais: Japão, Singapura, Coreia do Sul, Egito e Índia. A lista de produtos exportados, composta majoritariamente por itens de alto valor agregado, inclui castanha-do-Brasil, ovos processados, carnes de pato e coelho, heparina purificada suína e até subprodutos bovinos como ossos, chifres e cascos voltados à indústria.
Oportunidades que se multiplicam
O Japão, com uma população de 124 milhões e mais de US$ 3 bilhões em importações do agro brasileiro em 2024, agora incorpora a castanha-do-Brasil ao seu mercado. Rica em selênio e valorizada pela indústria de panificação e confeitaria, o produto simboliza a entrada de itens mais sofisticados e nutricionalmente valorizados.
Singapura, país que depende de importações para mais de 90% de seus alimentos, fechou acordo para a compra de ovos processados, com alta demanda entre hotéis e restaurantes locais. Já a Coreia do Sul, que também superou os US$ 3 bilhões em compras do agro nacional, abriu espaço para a heparina purificada suína, insumo farmacêutico vital para a produção de anticoagulantes.
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Parcerias que se renovam
A recente missão do vice-presidente Geraldo Alckmin à Índia rendeu um novo acordo para a exportação de derivados de ossos bovinos, chifres e cascos, usados em indústrias que vão da gelatina à têxtil. A medida, além de agregar valor à cadeia pecuária, reforça o compromisso com a economia circular e o aproveitamento integral dos recursos do setor.
Já o Egito, parceiro comercial em proteínas animais, anunciou a importação de carne de patos, outras aves e carne de coelho, refletindo o reconhecimento internacional da certificação halal brasileira.
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O papel da Ásia e o novo perfil das exportações
De janeiro a setembro deste ano, a Ásia respondeu por 37% das novas aberturas de mercado, confirmando a região como o epicentro da expansão comercial do Brasil. Esse movimento mostra que o país não se limita ao papel de fornecedor de commodities e exporta produtos com valor agregado, padrões sanitários rígidos e apelo industrial e nutricional.
Em nota conjunta, os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores ressaltam a força da “estratégia de diversificação de destinos e de produtos” do governo, que levou o agronegócio a alcançar, até o momento, “460 novas oportunidades desde o início de 2023”.
Diversificar para crescer
Ao invés de encolher diante das tensões comerciais internacionais, o Brasil se reposicionou e cresceu. O tarifaço de Donald Trump, longe de ser um revés, foi o empurrão necessário para diversificar mercados, ampliar presença e reduzir a dependência de velhos parceiros.
Essa estratégia, consolidada no atual governo, tem dado resultados concretos: mais empregos, mais renda no campo e maior presença do Brasil nas mesas e nas indústrias de todo o mundo. A expressiva marca de 460 mercados não é um ponto de chegada, mas um trampolim para um novo ciclo de soberania e desenvolvimento.
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Da Redação

