Passagem do furacão Milton deixa quatro mortos na Flórida
A passagem do furacão Milton, que atingiu o
solo da Flórida (EUA) na noite de quarta-feira (9), deixou pelo
menos quatro mortos, segundo autoridades locais.
Ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis estavam sem energia
em todo o estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto
avançava pelo continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano
Atlântico na manhã desta quinta, e a previsão é que ele enfraqueça ainda mais e
vire uma tormenta tropical.
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Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado
estragos. Houve diversos
relatos de tornados relacionados à tempestade, que destruíram casas e derrubaram árvores.
Um deles atravessou uma comunidade de aposentados em Fort Pierce, no
condado de St. Lucie, na costa leste da Flórida e causou
pelo menos duas das mortes registradas, de acordo com informações da polícia.
Quando tocou o solo, por volta das 21h30 de quarta-feira, Milton tinha
ventos de até 205 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Às
23h50, as rajadas estavam na casa de 165 km/h. Por volta das 2h, os ventos
estavam em 145 km/h e o furacão havia sido rebaixado para a categoria 1.
Veja
a seguir o que esperar para as próximas horas:
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À medida que o furacão avançou pela Flórida, a tempestade foi perdendo
força e segue em direção ao Oceano Atlântico.
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O olho do furacão já deixou a Flórida, mas a expectativa é que Milton permaneça
na região até sexta-feira (11), pelo menos.
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As autoridades esperam que o furacão deixe um rastro de destruição,
danificando casas e derrubando árvores.
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Rodovias da Flórida também devem ser varridas ou sofrer bloqueios.
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O governo pediu para que os moradores não deixem os abrigos até a
tempestade parar.
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Socorristas estão posicionados para resgatar as vítimas.
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Autoridades federais dos EUA foram enviadas para Flórida para coordenar
os serviços emergenciais.
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Analistas de mercado preveem prejuízos que podem chegar a US$ 100
bilhões.
O olho do furacão atingiu a Baía de
Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Desde o início da semana,
milhares de moradores foram retirados de áreas vulneráveis e encaminhados para
abrigos.
As retiradas em massa deixaram cidades-fantasmas na Flórida e provocaram congestionamentos.
A corrida para deixar a região também fez com que gasolina faltasse em postos
de combustíveis.
Os moradores também passaram a
estocar água e comida, deixando prateleiras de supermercados vazias. Muitos brasileiros que vivem na região relataram dificuldades para
conseguir se proteger.
O presidente Joe Biden destacou o "potencial de destruição" do furacão e afirmou que equipes federais foram enviadas à Flórida para coordenar os trabalhos de emergência. Já o governador Ron DeSantis pediu para que a população buscasse abrigo imediatamente e permaneça em locais seguros.
"As equipes de resgate estão
prontas para atuar assim que as condições climáticas permitirem", afirmou
DeSantis.
Confira
outros pontos da passagem do furacão:
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Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por
causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou
dezenas de mortes e deixou estragos.
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Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos
fecharam, como os da Disney e da Universal.
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Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a
classificaram como "a mais estranha" já vista. Cinco fenômenos do
tipo se formaram entre setembro e outubro.
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O aquecimento dos oceanos,
principalmente do Oceano Atlântico Norte, e a transição para o La Niña podem
estar por trás da intensidade dos fenômenos.
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No caso de Milton, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão
de categoria 5 em apenas 46 horas. O aumento na intensidade é um dos mais
rápidos já registrados.
· No México, o furacão provocou estragos pequenos, sem deixar mortos ou feridos. FONTE O GLOBO