Jade supera previsão e 10 anos depois entra de vez para a história da ginástica brasileira
Jade supera previsão e 10 anos depois entra de vez para a história da ginástica brasileira
Onde você se vê daqui a 10 anos? Em 2013, Jade Barbosa disse que queria apenas estar ajudando o esporte que tanto ama e, com a licença poética de um ano a mais na previsão, fez história com as meninas da ginástica artística do Brasil e conquistou a inédita medalha de bronze por equipes.
O desejo da ginasta aconteceu durante uma entrevista ao Tá na Área, no sportv. Após rever momentos da sua infância e previsões que fez quando tinha apenas 12 anos, Jade, já com seus 20 e poucos, foi questionada sobre o futuro e não ousou sonhar tanto, pedindo apenas para que pudesse ajudar a sua modalidade já que, segundo ela, esse era o papel das pessoas que são importantes para o esporte.
Em 2003 o grande nome da ginástica artística do Brasil era Daiane do Santos que, na ocasião, tinha conquistado seu primeiro mundial no solo. Mais de vinte anos depois, Rebeca Andrade é o grande nome do esporte e brilha em um ambiente que tem, dentre os seus pilares, Jade Barbosa.
Hoje, aos 33 anos, a brasileira alcançou ainda mais do que o objetivo traçado em 2013 e, ao lado de meninas da nova geração do esporte, conquistou a inédita e tão sonhada medalha por equipes na ginástica artística feminina. Em entrevista após a conquista, Jade demonstrou toda a sua gratidão.
- Me sinto grata por esse momento, mas me sinto tão grata de ter passado tudo isso junto com você (Daiane), e junto com essa nova geração. Por representar você e por representar essa nova geração. Acho que a gente conseguiu mudar a cultura do esporte e como o Brasil é visto, que é o que a gente sempre quis. Hoje a gente consegue ver os ginásios mais cheios e eu quero mais crianças. Quero poder fazer o que o esporte fez por mim e por elas - completou Jade, emocionada.
Essa foi a terceira participação de Jade Barbosa em Olimpíadas (disputou Pequim 2008 e Rio 2016) e a primeira medalha. A ginasta entrou para a equipe permanente da ginástica brasileira aos 13 anos e viveu diferentes momentos da equipe que vive seu auge em Paris 2024.
- Ficamos muito felizes pelo que conseguimos fazer hoje. Aconteceram várias coisas difíceis na competição, mas a gente treinou para cada situação. Isso faz uma equipe, isso faz uma família. Eu tenho muito orgulho do que construímos durante esse período. Hoje a gente colhe o resultado de muitas gerações. É até difícil acreditar - concluiu Jade.