Número de empreendedores individuais explode e já há 1 MEI a cada 2,4 CLTs

Número de empreendedores individuais explode e já há 1 MEI a cada 2,4 CLTs

O mercado de trabalho passou por uma transformação profunda nos últimos anos. Na última década, o grupo de trabalhadores com registro em carteira cresceu menos que o número de pessoas ocupadas.

Isso indica que o aumento das vagas acontece fora do emprego tradicional. E a fatia dos microempreendedores individuais — os conhecidos MEIs – explica boa parte desse fenômeno.

A série histórica da Receita Federal com dados sobre o número de empreendedores individuais começa em 2012. Naquele ano, havia um MEI a cada 13,5 trabalhadores com registro em carteira, os conhecidos CLTs.

Desde então, essa proporção cai ano após ano, segundo dados da Receita e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad contínua, do IBGE.

No quarto trimestre de 2013, a proporção havia caído para um MEI a cada dez trabalhadores com registro. Três anos depois, em 2016, a proporção já era de um MEI a cada 5 CLTs. No ano passado, a proporção ficou em um microempreendedor a cada 2,4 trabalhadores formais.

Dados do IBGE mostram que, nessa década, o universo de brasileiros ocupados aumentou em 11%. O número de empregados do setor privado com carteira assinada também cresceu, mas em um ritmo mais modesto: 2% em dez anos. Ao mesmo tempo, a fatia dos MEI explodiu: cresceu 330%.

Entre as atividades mais comuns entre os MEIs, os cabeleireiros, manicure e pedicure lidera com folga. Ao todo, são 1,018 milhão de inscritos com esse código CNAE, o código nacional de atividade econômica.

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