Ano mais quente já registrado, 2023 teve aquecimento brutal: 50% dos dias acima do limiar de perigo

Com metade dos dias acima do limiar de perigo para extremos climáticos,
o ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, afirma o
relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a agência
europeia do clima, divulgado hoje. O documento revela um aquecimento brutal,
muito maior do que o suposto, com todos os recordes diários, mensais e anuais
quebrados. E é dado como certo que 2024 será ainda mais tórrido, com recordes
de temperatura manifestados em extremos climáticos.
O maior assombro dos cientistas foi constatar que mais de 50% dos dias
de 2023 estiveram 1,5 grau Celsius acima dos níveis de 1850-1900. Dois dias de
novembro chegaram a 2C. E, pela primeira vez, todos os dias do ano excederam em
pelo menos 1C as temperaturas do período pré-industrial.
A temperatura média da Terra em 2023 foi 1,48 grau Celsius acima do
período pré-industrial, de 1850-1900, muito perto do 1,5C estabelecido pelo Acordo
de Paris como o limite para evitar mudanças catastróficas e previsto para não
antes de 2030.