Governo estuda Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda até R$ 12 mil, diz ministro das Cidades
Governo estuda Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda até R$ 12 mil, diz ministro das Cidades
O ministro das Cidades, Jader Filho,
afirmou nesta terça-feira (7) que o governo estuda lançar uma faixa do Minha
Casa, Minha Vida para financiar imóveis de famílias que tenham renda familiar
de até R$ 12 mil mensais.
A declaração foi dada ao lado do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na "live" semanal feita
pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e transmitida nas redes sociais do
governo.
"Estamos conversando com a
Caixa, discutindo para a gente poder fazer uma faixa estendida até R$ 12 mil.
Discutindo com a Casa Civil", afirmou Jader Filho, sem anunciar data para
o lançamento.
"Prometo que no próximo encontro
que eu estarei aqui, já vou trazer essa novidade boa. De fato, nós precisamos
atender a um maior número de família. Quanto mais famílias nós pudermos trazer,
e elas realizarem o sonho da casa própria, é importante que isso seja
atendido", disse o ministro.
Jader
Filho foi questionado por Lula sobre a possibilidade de estender o programa
habitacional à "classe média" – hoje, o Minha Casa, Minha Vida na
área urbana vai até a Faixa 3, voltada para famílias que ganham até R$ 8 mil
mensais.
"'Nós queremos, inclusive, Faixa
4. Nós queremos que pessoas que queiram casa de três quartos, quatro quartos,
possam ter uma casa financiada pelo governo", declarou Lula.
Em junho, também na live
semanal, Lula já tinha dito que o
governo precisava atender a essa faixa de renda.
"Nós precisamos fazer não apenas
o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha
Casa, Minha Vida para a classe média. O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$
8 mil esse cara também quer ter uma casa e esse cara quer ter uma casa
melhor", disse naquele momento.
As regras atuais
As regras atuais do Minha Casa,
Minha Vida foram publicadas em abril pelo governo. O documento
prevê que 2 milhões de famílias sejam atendidas até 2026.
De acordo com a portaria, as linhas
de atendimento do programa são limitadas da seguinte maneira:
·
Até R$ 170 mil para novos
imóveis em áreas urbanas e locação social, com recursos do Fundo de
Arrendamento Residencial ou do Fundo de Desenvolvimento Social;
·
Até R$ 75 mil para novos
imóveis em áreas rurais, com recursos da União;
·
Até R$ 40 mil para melhoria
habitacional em áreas rurais, com recursos da União.
A portaria estabelece que os subsídios
que serão concedidos com recursos da União estarão limitados às famílias que
estão enquadradas nas faixas de renda urbano e rural 1 e 2.
Na Faixa 3, voltada para famílias de
maior renda no campo e na cidade, não há subsídio. Isso significa que a família
paga 100% do valor do imóvel – a vantagem está nos juros mais baixos e no prazo
maior de parcelamento.
Confira
as faixas a seguir:
URBANO
·
Faixa 1: renda bruta
familiar mensal até R$ 2.640;
·
Faixa 2: renda bruta
familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;
·
Faixa 3: renda bruta
familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil.
RURAL
·
Faixa 1: renda bruta
familiar anual até R$ 31.680;
·
Faixa 2: renda bruta
familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52,8 mil;
·
Faixa 3: renda bruta
familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96 mil.